terça-feira, 25 de agosto de 2009

Veneno das tarântulas


A tarântula já por si é um animal venenoso, se decidimos ter uma, o primeiro que devemos ter em conta, não é a toxidade do seu veneno em relação aos humanos, e sim uma possível reacção alérgica ao veneno.


Existe uma pequena regra que por norma, em geral nos ajuda a saber o grau de toxidade das tarântulas, mas como toda a regra tem excepções:

Americanas = Tarântula “inofensiva”

Africanas e Asiáticas = Tarântula “perigosas”

Quer dizer, se é Africana ou asiática, tem que se ter mais preocupações que uma Americana, mas, isto não quer dizer que as americanas sejam inofensivas, temos casos como por exemplo P.Cancerides e E.Murinus que também são tarântulas que possuem um veneno perigoso em relação a outras do mesmo continente como as Grammostolas ou as Brachypermas.

Quando se é mordido por uma tarântula com um veneno de grande toxidade os efeitos podem durar semanas provocando vómitos, espasmos musculares, febre, diarreias e um inchaço no local da mordedura, o mais aconselhável é dirigir-se o mais rápido possível ao médico, para evitar maiores problemas

Decidi escrever este breve texto devido a “grande discussão” sobre o veneno das tarântulas, mas com a minha experiência pessoal (não é que seja grande, mas já tendo alguma) acabei por me dar conta que, se a uma pessoa gosta verdadeiramente de uma determinada espécie, esquece-se por completo da toxidade do veneno, e na realidade, para o único em que realmente repara e para o bem estar do animal e das pessoas que o rodeiam.

Muda das tarântulas


O crescimento das tarântulas até atingirem o estado adulto dá-se por meio de sucessivas mudas. O seu corpo é recoberto de uma cutícula mais ou menos espessa e rígida (exoesqueleto), excepto no abdómen e nas membranas articulares das patas.

Quando são muito jovens fazem-no 4 vezes por ano, passando depois a uma periodicidade anual. A muda também é a oportunidade de fazer crescer novamente membros partidos, como pernas que estejam em falta.

A cada etapa de crescimento, o animal perde a sua carapaça e produz outra. Nas três semanas que precedem a muda, a tarântula torna-se mais calma e deixa de se alimentar.

Quando chega o momento, ela tece teia e fica de costas, ficando imóvel durante várias horas, como se estivesse morta. Aos poucos, por intermédio de pulsações lentas, o cefalotórax e o abdómen abrem-se lateralmente. Com sucessivos impulsos um atrás do outro, liberta-se da velha “pele”, movimentando o dorso e deixando aparecer a nova carapaça e as novas patas.

Depois disso, a tarântula fica de costas durante algum tempo, descansando da fadiga da muda (momento em que a tarântula pode não sobreviver devido ao desgaste). O novo tecido que a reveste é bastante frágil e o animal fica particularmente vulnerável, até o momento em que a sua nova pele endureça o suficiente para protegê-la e preservá-la.

Depois de uma muda, o interior da carapaça abandonada e a nova casca do animal ficam molhados. É necessário, então, que a tarântula seque bem. Para que a muda se faça nas melhores condições, o ambiente deve estar húmido e deve-se retirar todo o alimento vivo que possa interferir com a tarântula.

Envio de tarântulas

Quando é necessário enviar uma tarântula, seja para venda ou para acasalamento, deve-se ter todo o cuidado possível, para que o animal chegue em perfeito estado ao seu destino. Sendo as tarântulas animais provenientes de países de climas tropicais, não é aconselhado envia-las durante o Inverno devido as baixas temperaturas.

Lista de material necessário:

-Caixa grande, o suficiente para caber a caixinha com o animal e o material de embalamento (jornal / plástico-bolha )

-Caixa para colocar o animal

-Jornal ou outro tipo de material de embalamento (por ex. plástico-bolha)

-Fita adesiva

-Papel higiénico ou papel de cozinha

-Esferovite

1º - Escolher uma caixa o bastante grande para que a tarântula se sinta confortável, mas que não ande aos tombos. Aqui deixo alguns exemplos de recipientes.
2º - Forrar a caixa com papel higiénico ou papel de cozinha de forma a que toda a caixa fique forrada, o papel deve de ser humedecido um pouco. Após isto, colocar a tarântula dentro da caixinha e fechar.

3º - Fechar com fita adesiva a caixinha que contem a tarântula, pois durante o transporte a caixa pode-se abrir provocando possíveis ferimentos ao animal. E colocar uma etiqueta com o nome da espécie em questão, para assim quem a receber saber qual a espécie antes de abrir, afim de tomar os cuidados necessários.


Seguidamente, coloca-se tudo dentro da caixa grande de envio. Deve ir tudo muito bem acondicionado para que a caixinha, que contem o animal, não ande aos tombos.


sábado, 22 de agosto de 2009

Manuseamento de tarântulas

-1º método


Este método consiste em colocar uma pequena caixa transparente (pode-se usar até mesmo um copo grande) sobre a tarântula e depois deslizar com cuidado um pequeno cartão ou plástico por debaixo da caixa, a tarântula colocara-se em cima desse cartão ou plástico, uma vez que não tem outra hipótese, podendo assim mover a tarântula com segurança. Poderia também depois colocar uma tampa com pequenos buracos para poder assim respirar, esta seria a forma mais segura de transportar a sua tarântula.

-2º método


Se realmente se sente seguro e quer pegar na sua tarântula, deve situar a sua mão com a palma da mão virada para cima, em frente a tarântula e “empurra-la” suavemente com um dedo da outra mão ou com algo que não a aleije. Este método não é indicado para tarântulas nervosas pois poderia desatar a correr pelo seu braço e poderiam ocorrer duas situações:


- a pessoa que a está a manusear poderia assustar-se e deixar cai a tarântula, o que lhe poderia causar a morte,

- as próprias patas da tarântula ficarem presas na sua camisola, o que dificultaria muito retirar a tarântula de lá, e esta mesmo poderia aleijar-se a tentar soltar-se.

Se a tarântula for calma e ficar na sua mão, convêm colocar sempre a mão livre por debaixo da mão onde se encontra a tarântula, para assim evitar com que esta caia se andar.
3º método


Este método consiste em levantar a tarântula, deve assim segurar entre a segunda e terceira pata suavemente mas ao mesmo tempo com firmeza, para evitar que caia. As tarântulas não estão habituadas a serem levantadas, assim deve-se levantar a tarântula lentamente. Nunca se deve pegar pelo abdómen das tarântulas pois é muito frágil.

Aranhas caranguejeiras


São as aranhas mais temidas, devido ao seu grande porte, seu corpo recoberto de pêlos, sua aparência agressiva, mas a verdade é que o seu veneno não chega a ter grandes efeitos em um humano, duas espécies da Oceania são perigosas, cujo veneno é neurotóxico, são elas; o gênero Atrax e Hadronyche. Onde os machos são os que causam mais acidentes.

A defesa de algumas caranguejeiras são seus pêlos existentes no dorso do abdômen, os quais ela libera esfregando suas pernas traseira, que vão provocar irritações na pele e mucosas do seu possível predador. Não são agressivas, só picam se forem molestadas ou manuseadas de forma errada.§As caranguejeiras quando na troca de pele ecdise , tecem um lençol de teia e deitam-se de costas, e esperam até que comece a troca que pode dura em torno de 4 horas.

§O macho de caranguejeira tece uma outra teia, onde ele vai depositar seu sêmen e coletar com os bulbos copuladores para o acasalamento. §É normal a fêmea matar o macho, principalmente se ele for descuidado, a fêmea põe de 200 a 800 ovos, faz um casulo contendo os ovos e protege-os durante um tempo onde até que os filhotes possam sair. §Existem as caranguejeiras de alçapão, que cavam um buraco, revestem-o de teia e constroem uma tampa para seu abrigo, ficam dentro do abrigo até que uma presa passe por perto. Existe teia nos arredores do alçapão e ela percebe as vibrações da vítima. No Brasil existem cerca de 300 espécies diferentes, com formas e tamanhos variados.

Ordem: Araneae


Infraordem: Mygalomorphae

Família: Theraphosidae

Nome popular: Aranha caranguejeira

Nome em inglês: Tarântula

Nome científico: Lasiodora sp.

Distribuição geográfica: Este gênero ocorre em países da América Central e América do Sul

Habitat: Florestas tropicais até regiões áridas

Hábitos alimentares: Carnívoro

Reprodução: Não foi encontrado registro

Período de vida: Em média de 10 a 15 anos em cativeiro

Alimentação

Praticamente todas as aranhas caranguejeiras se alimentam de insetos e camundongos recém nascidos (ainda sem pêlos). Algumas espécies tem preferência por um determinado alimento (para saber a preferencia de sua aranha, ver a seção de ARANHAS) mas podem aceitar outros.

A maioria das espécies se alimentam em média a cada cinco dias, mas a quantidade também varia de acordo com a espécie. As vezes é comum que ela rejeite comida por algumas semanas, mas logo elas trocam de “pele” e voltam ao “normal”, mas se ela continuar rejeitando pode ser que ela não esteja bem e é aconselhável procurar um biólogo especialista ou veterinário.

Algumas espécies como a Theraphosa leiblondi, por exemplo chegam a comer até pequenos pássaros, por isso elas levam o nome de Bird Eater Tarantula (Tarântula Comedora de Pássaros); esta aranha é nativa da região amazônica e no Brasil é difícil encontrar um exemplar que não seja fruto de contrabando ou coletados da natureza para vender.

Algumas tarântulas como por exemplo a Rose Hair Tarantula (Granmostola spatulata) costumam ser muito dóceis, ao contrário de outras como a Skeleton Tarantula (Ephobopus murinus), nativa do nordeste brasileiro são extremamente agressivas, sendo totalmente desaconselháveis o manuseio. Outras tarântulas, por exemplo, possuem outro mecanismo de defesa: quando se sentem ameaçadas lançam sobre o inimigo uma “nuvem” de pelos irritantes e caso isso aconteça deve-se lavar bem as mãos com água e sabonete.

Para manusear uma tarântula o mais pratico é colocar a mão estendida sem movimentos bruscos na sua frente e tocar levemente a aranha por trás até ela subir na sua outra mão, ou então colocar um pote ou copo na sua frente e com a própria tampa do pote ir tocando atrás da aranha até ela caminhar para dentro do recipiente. Outro modo de manusea-la é segurar o animal com os dedos no abdome, entre o segundo par de patas, sem aperta-lo muito contra o chão, mas o segurando firme e levanta-la, assim que você a ergue, ela para de se debater e fica imóvel.

Terrário para caranguejeiras

Com certeza muitas pessoas mantêm suas aranhas caranguejeiras (ou tarântulas) de forma errada, em terrários mal elaborados.

Um aranha terrestre de 15cm, por exemplo, necessita de um terrário de no mínimo 35×20×20cm, já se for uma aranha arborícola ela necessita de um terrário de no mínimo 35×20×35cm (comprimento×largura× altura) com um ou mais galhos para ela escorar sua teia.

Eu mesmo já vi vários criadores mantendo aranhas do gênero Avicularia em terrários com menos de 25cm de comprimento, sem nenhum galho ou tronco para ela subir, o que é errado, e elas muitas vezes acabam morrendo logo.

Os melhores substratos para caranguejeira são: areia, cascalho de rio ou vermiculita. Nunca use terra preta ou vegetal, pois causa o surgimento de microorganismos no solo, o que pode levar a tarântula à morte.

Usar plantas no terrário de caranguejeiras também não é muito indicado, já que dificulta muito na manutenção. A limpeza do substrato deve ser mensal, para substituir o substrato, mas o ideal é retirar os restos de alimentos sempre.

Na decoração de terrários para aranhas terrestres pode ser usado algumas pedras e troncos caídos ou cascas de árvore, que proporcionam um esconderijo, já as arborícolas preferem apenas alguns galhos e troncos, que é necessário.

Não se esqueça de colocar um pote de água que caiba a aranha dentro. Porque ela precisa se hidratar nos dias mais secos.


Não coloque duas aranhas em um mesmo terrário, porque pode ocorrer de uma atacar a outra.